Desenrola: Descubra quais dívidas podem ser renegociadas (e quais não podem) na nova fase do plano



Desenrola: Descubra quais dívidas podem ser renegociadas (e quais não podem) na nova fase do plano

Nos últimos meses, eu tenho acompanhado de perto o impacto que o programa Desenrola Brasil tem causado na vida financeira de milhões de brasileiros. Confesso que, quando ouvi falar da nova fase do plano, fiquei curioso — afinal, quem nunca passou por um aperto financeiro e precisou renegociar uma dívida, não é mesmo? Eu mesmo já estive nessa situação.

Foi justamente essa curiosidade (e um certo alívio por ver o governo trazendo alternativas reais) que me levou a pesquisar a fundo quais dívidas podem ser renegociadas no Desenrola — e, mais importante ainda, quais não entram na regra.
Neste artigo, quero te contar tudo o que descobri de forma simples, direta e com base na minha própria experiência com finanças pessoais.

Se você também está se perguntando se suas dívidas se enquadram no programa, ou quer entender como aproveitar a nova fase do Desenrola da melhor forma possível, este guia é para você.


O que é o programa Desenrola Brasil (e por que ele voltou a ser notícia)

O Desenrola Brasil foi lançado em 2023 com o objetivo de ajudar milhões de pessoas endividadas a renegociarem débitos com descontos generosos e condições de pagamento facilitadas.
Na época, ele foi um verdadeiro respiro para quem estava com o nome sujo — e agora, em 2025, o programa ganha uma nova fase, com mudanças importantes e oportunidades inéditas.

Quando comecei a ler mais sobre essa nova etapa, uma coisa ficou clara: o governo quer dar continuidade ao sucesso da primeira rodada, mas com regras mais ajustadas, priorizando as pessoas que realmente precisam.

O ponto central é o mesmo — tirar o nome do vermelho e permitir que o cidadão volte a ter crédito no mercado —, mas agora há novas diretrizes sobre quais dívidas entram no programa e quais ficam de fora.


Quem pode participar da nova fase do Desenrola

Antes de entender o que pode ser renegociado, vale lembrar quem tem direito de participar.
A nova fase do Desenrola continua voltada para quem tem renda mensal de até dois salários mínimos (ou seja, até R$ 2.824,00 em valores de 2025) e que possua dívidas de até R$ 20 mil.

Também é necessário que as dívidas tenham sido negativadas até dezembro de 2022, e que o CPF da pessoa esteja regularizado.

Quando li isso pela primeira vez, achei que o valor fosse baixo — mas, considerando que boa parte das dívidas no Brasil vem de contas básicas, cartões e pequenas pendências bancárias, o limite faz bastante sentido.


Quais dívidas podem ser renegociadas no Desenrola Brasil

Essa é a pergunta que mais recebo de amigos e leitores:

“Mas afinal, que tipo de dívida entra no Desenrola?

Depois de muita pesquisa (e algumas conversas com especialistas do setor financeiro), descobri que o programa é bem abrangente — mas não cobre tudo.

A seguir, explico as principais dívidas que podem ser renegociadas:

1. Dívidas com bancos e instituições financeiras

Sim, essa é a base do programa.
Cartões de crédito, cheque especial, empréstimos pessoais e financiamentos de veículos (desde que não estejam com garantia real, como alienação) podem ser renegociados.

Esses tipos de débitos costumam ter juros altos e são os principais responsáveis por negativar o nome das pessoas. Por isso, o Desenrola criou uma ponte entre bancos e consumidores para facilitar o pagamento.

O mais interessante é que alguns bancos oferecem descontos de até 90% no valor total da dívida, dependendo do caso.
Eu mesmo testei o simulador do programa no site oficial e vi ofertas de parcelamento com juros quase simbólicos.

2. Contas básicas: água, luz, gás e telefonia

Muita gente não sabe, mas contas essenciais também podem ser incluídas no Desenrola.
Essa é uma das partes mais importantes da nova fase: concessionárias e operadoras estão aderindo cada vez mais ao programa.

Ou seja, se você ficou devendo aquela conta de energia ou a fatura atrasada do celular, há grandes chances de conseguir um acordo com condições especiais.

E o melhor: algumas empresas permitem parcelar diretamente pelo site do Desenrola, sem precisar enfrentar filas ou burocracias.

3. Dívidas com varejistas e fintechs

O comércio também entrou na onda. Grandes redes e fintechs (como Nubank, Mercado Pago, Magalu, Casas Bahia, entre outras) aderiram ao programa.

Isso significa que se você comprou parcelado e não conseguiu pagar, essas dívidas podem ser renegociadas.
Algumas dessas empresas, inclusive, oferecem quitação total por valores simbólicos, como R$ 50 ou R$ 100, dependendo do histórico do cliente.

4. Dívidas educacionais

Aqui vai uma boa notícia para quem investiu nos estudos, mas enfrentou dificuldades depois.
Faculdades privadas e instituições de ensino técnico que aderiram ao Desenrola estão oferecendo condições facilitadas para quitar mensalidades atrasadas.

Isso é ótimo porque o nome negativado pode impedir o aluno de se matricular novamente — e o programa ajuda justamente a evitar esse tipo de bloqueio.


E o que não entra no Desenrola Brasil?

Agora vem a parte que muita gente ignora — e depois se decepciona.
Nem toda dívida pode ser renegociada no programa.

Por isso, é fundamental saber quais débitos ficam de fora do Desenrola antes de criar expectativas.

1. Dívidas com garantia real

Se o seu financiamento tem um bem como garantia — por exemplo, um carro ou imóvel —, ele não entra no programa.
Isso acontece porque esses contratos seguem regras específicas e envolvem riscos de penhora.

Ou seja, se você está com o financiamento do carro atrasado, o ideal é procurar diretamente o banco ou a financeira, fora do Desenrola.

2. Dívidas com o governo (tributárias e fiscais)

Outra exclusão importante são as dívidas de impostos e tributos, como IPTU, IPVA, IR ou INSS.
Esses débitos têm programas de renegociação próprios (como o Refis) e não são cobertos pelo Desenrola.

3. Dívidas recentes

Débitos contraídos após dezembro de 2022 também não entram no programa.
Essa regra foi mantida para evitar que as pessoas se endividem propositalmente esperando novas rodadas do Desenrola.

4. Empréstimos com garantia de salário (consignado)

Por fim, os empréstimos consignados — aqueles descontados diretamente da folha de pagamento — também não estão incluídos.
Eles já possuem juros baixos por natureza, então o governo entende que não precisam de subsídio adicional.


Como consultar e renegociar suas dívidas pelo Desenrola

Quando decidi testar o processo por conta própria, confesso que fiquei surpreso com a simplicidade.
O passo a passo é rápido e totalmente online.

Veja como funciona:

  1. Acesse o site oficial: desenrola.gov.br.

  2. Entre com sua conta Gov.br: é preciso ter nível prata ou ouro.

  3. Confira suas dívidas elegíveis: o sistema mostra automaticamente o que pode ser renegociado.

  4. Escolha a proposta: cada empresa oferece condições diferentes, então vale comparar.

  5. Faça o pagamento: pode ser à vista (com desconto maior) ou parcelado.

Eu consegui simular uma dívida antiga de cartão de crédito, e o desconto era tão grande que quase não acreditei — redução de mais de 80% no total devido.


Perguntas frequentes sobre o Desenrola (e minhas respostas sinceras)

💬 “Posso renegociar mais de uma dívida ao mesmo tempo?”

Sim! O sistema permite agrupar todas as dívidas elegíveis em uma única negociação.
Isso ajuda bastante na organização financeira, já que você consegue ter uma visão completa do que deve e quanto pode pagar.

💬 “E se eu não conseguir pagar as parcelas do novo acordo?”

Aí é preciso ter cuidado. O não pagamento pode anular o acordo e a dívida volta ao valor original.
Por isso, recomendo só assumir parcelas que realmente caibam no seu orçamento.

💬 “Posso usar o Desenrola se já negociei antes?”

Depende. Se a dívida antiga ainda está ativa e dentro das regras, sim.
Mas se já houve acordo fora do programa e ele foi cumprido, não há motivo para incluir novamente.


Dicas pessoais para aproveitar melhor o Desenrola

Ao longo da minha experiência ajudando amigos e familiares com finanças, percebi que renegociar dívidas é só o primeiro passo.
A verdadeira mudança acontece quando você aprende a evitar o reendividamento.

Aqui vão algumas lições que aprendi (e que aplico até hoje):

  • Crie um orçamento realista: anote cada gasto, mesmo os pequenos.

  • Priorize o essencial: corte o supérfluo antes de comprometer o básico.

  • Monte uma reserva de emergência: mesmo que comece com R$ 50 por mês.

  • Negocie direto com empresas fora do programa: às vezes o desconto é o mesmo.

  • Use o crédito com consciência: cartão de crédito não é extensão de renda.

Essas atitudes simples fazem uma diferença enorme — e garantem que o Desenrola seja uma oportunidade real, não um alívio temporário.


Minha conclusão: o Desenrola é uma chance de recomeçar

Depois de mergulhar nesse tema, minha opinião é clara: o Desenrola Brasil é, sim, um dos programas mais relevantes dos últimos anos para quem quer sair do vermelho.
Ele combina tecnologia, inclusão financeira e responsabilidade — três pilares que considero essenciais na economia atual.

Claro, ele não resolve tudo. Nem todas as dívidas são elegíveis, e é preciso disciplina para aproveitar os benefícios sem cair de novo na armadilha do crédito fácil.

Mas se você está com o nome negativado, tem renda limitada e quer um recomeço financeiro, vale muito a pena entrar no site e ver se suas dívidas estão no sistema.

E se este artigo te ajudou a entender melhor o programa, compartilhe com alguém que também esteja nessa luta — pode ser a diferença entre continuar endividado ou finalmente respirar aliviado.

💬 Me conta aqui nos comentários: você já tentou renegociar suas dívidas pelo Desenrola? Como foi sua experiência? Quero muito saber!


Referência oficial:
🔗 Portal Desenrola Brasil - Governo Federal

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